Um dos principais ritmos executados nas festas juninas, o coco é uma das tradições da cultura nordestina. Marcado pela leva dos instrumentos de percussão – ganzá, surdo, pandeiro e triângulo – o estilo gera controvérsia quanto à sua verdadeira origem.
A modalidade musical teria sido inspirada pelo ritmo em que os cocos eram quebrados após sua extração. Estudiosos defendem que o ritmo nasceu em Pernambuco, nas proximidades da divisa com Alagoas. Porém, alagoanos e paraibanos também reivindicam a “paternidade” da manifestação folclórica.
Carregando influências indígenas e africanas, a dança segue uma estrutura básica, com algumas variações. Frequentemente chefiadas pelo mestre cantador, que costuma a puxar as músicas, as rodas são iniciadas com os participantes enfileirados. Após o emparelhamento, os dançarinos acompanham o ritmo dos instrumentos com palmas e sapateados.
Jackson do Pandeiro
Um dos maiores expoentes da música nordestina, o cantor paraibano Jackson do Pandeiro começou sua carreira tocando percussão em um grupo de coco, com sua mãe. Gravada em 1953, “Sebastiana”, seu primeiro sucesso, é uma das principais canções do estilo musical.